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Como estimular as vendas das micro e pequenas empresas no 2º semestre?

O que pode ser feito para estimular as vendas das micro e pequenas empresas no segundo semestre para aproveitar as oportunidades dessa época do ano em que geralmente há maior atividade econômica?

Empreender é identificar oportunidades de negócio e desenvolver meios de aproveitá-las, assumindo riscos e desafios. Hoje, no Brasil, são aproximadamente 8,5 milhões de micro e pequenos empreendedores, de acordo com levantamento do Sebrae, representando quase 99% das empresas existentes no País.

Mas o que mais afeta os investimentos desses empresários? A pesquisa O céu e o inferno do empreendedorismo, produzida pelo Sebrae em 2014, mostra que um dos principais pontos indicados é a insegurança quanto ao futuro do negócio.

A fim de diminuir os riscos e aumentar a segurança dos empreendedores, a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) analisou as principais estratégias dessas empresas para estimular as vendas, apontadas na pesquisa Expectativas dos Pequenos Negócios para 2015, divulgada pelo Sebrae recentemente. Entre os focos de investimento, as MPE pretendem apostar em marketing e propaganda e no aumento do mix de produtos para estimular as vendas e garantir maior solidez aos empreendimentos.

De acordo com o coordenador de Projetos da FNQ, Luiz Malta, esses caminhos são muito importantes para aumentar a venda, independentemente do cenário econômico, mas alerta para alguns cuidados. “Muitos empreendedores investem em propaganda sem contar com o aumento de demanda. É importante preparar o estoque, a logística e o atendimento, com uma visão sistêmica”, afirma Luiz.

Já o aumento do mix de produtos precisa levar em conta o perfil do consumidor. “Uma livraria, por exemplo, precisa saber o que o seu público necessita. Um investimento em revistas pode complementar a renda, mas é importante pesquisar para não ter um produto que fique parado no estoque”, alerta.

A pesquisa também apontou algumas estratégias que exigem muita atenção. Para Luiz, a redução de preço não é uma boa alternativa, pois a empresa ganha menos e, consequentemente, reinveste pouco no negócio e no estoque. Caso essa estratégia seja realmente necessária, a indicação da FNQ é de que seja feito um estudo financeiro antes de qualquer ação.

Por fim, a redução de custos foi um ponto de alerta da pesquisa. “Essa resposta deveria ter sido assinalada por 100% dos respondentes. Pensar na redução de gastos desnecessários deve estar na cultura da empresa, por meio de uma análise semanal do empreendedor”, conclui Luiz. Em um ano de reestruturação da economia, pós-eleição, e de recursos naturais escassos, as estratégias precisam ser cuidadosamente pensadas para se obter maior produtividade na empresa e, consequentemente, tornar-se competitivo no mercado.

Criada em 1991, a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) é uma instituição sem fins lucrativos que incentiva as empresas a buscar a excelência da gestão e reúne as melhores práticas de organizações brasileiras, independente do porte ou setor.